Janelas Para a Tempestade

Às vezes, eu queria poder provar — para mim mesmo, para o mundo, para quem já amei — que o amor não precisa doer. Que ele pode simplesmente ser leve, recíproco, seguro.

Mas talvez o erro tenha sido meu, por acreditar que eu poderia ser feliz do meu jeito, sem medir as consequências dos meus atos, sem perceber as fragilidades no caminho. Arrogância? Talvez. Prepotência, esperança demais, confiança no que eu acreditava ser inabalável… tudo isso misturado.

Pensei que ter você pra sempre era uma certeza. Mas hoje percebo o quanto fui iludido pela minha própria vontade. A gente se achava forte, pronto pra enfrentar qualquer tempestade. Mas algumas tempestades não pedem licença. Elas chegam e destroem — e às vezes, somos nós mesmos quem abrimos as janelas para elas entrarem.

É estranho como a felicidade pode ser tão frágil. Um dia, eu estava sorrindo com você. No outro, tudo virou silêncio. E agora, fico aqui, encarando a culpa como se fosse minha única companhia.

Eu quis te amar sem limites. E no meio disso, fui confuso, fui difícil. Talvez eu tenha te feito carregar pesos que nem eram teus. E você… mesmo assim, estava lá.

Desculpa se eu não fui a pessoa que você esperava.

Desculpa se, no fim, tudo o que restou de mim foi dor.

Hoje, torço para que você melhore, mesmo que eu ainda esteja aqui… triste, tentando entender onde tudo se perdeu.

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