POV ELE — enquanto este sentimento durar
Era janeiro.
A noite estava calma — nem quente nem fria — apenas perfeita.
Só nós dois. Caminhávamos devagar por uma rua vazia, banhada pela luz silenciosa da lua.
Ela usava aquele vestido castanho que tanto ama, o mesmo que, de alguma forma, pareceu feito para aquele instante.
Naquela noite… a lua perdeu. Ela era, sem dúvida, a coisa mais bonita ali.
Não lembro bem sobre o que conversávamos, mas lembro do que senti: foi amor. Amor à primeira conversa.
Desde então, tenho tentado entender esse sentimento, e também como expressá-lo. Às vezes, tropeço nas palavras, noutras sou ríspido, duro…
Tu pareces sempre tão forte que, muitas vezes, esqueço que também sentes. Também doem coisas aí dentro…
Nem sempre sou bom com sentimentos, mas o que sinto por ti é simples.
Às vezes só quero te abraçar, ouvir nossas músicas preferidas, comer qualquer coisa contigo e conversar sobre nada.
Isso, pra mim, já é a vida perfeita.
Lembro quando me perguntaste:
— O que eu tenho de diferente das outras?
E eu não soube responder.
Mas agora eu sei.
És diferente porque, mesmo nos dias cinzentos, bastam a tua voz ou uma simples lembrança tua, e tudo muda. Meu coração, frio e solitário, se aquece. Transborda.
É um sentimento que nem sei explicar — sei apenas que dói te imaginar longe.
Não é só desejo ou atração. É amor.
Tu me fazes querer ser alguém melhor. Por ti. Contigo.
Por isso luto tanto, mesmo nos dias em que tudo parece desmoronar.
Sei que este texto ficou longo.
Mas, quando se trata de ti, nunca consigo dizer pouco.
E, se sou honesto, eu te admiro tanto… pela tua paciência, pela tua serenidade, por essa força invisível que te sustenta.
Tu és tudo aquilo que eu quero ser, emocional e espiritualmente.
E se algum dia a vida me permitir, quero te chamar de “minha”.
Quero casar contigo.
E acordar ao teu lado por todos os janeiros que vierem.
POV ELA — de janeiro a janeiro
Sempre me disseram que sou misteriosa, distante.
Talvez eu seja mesmo. Tenho um jeito quieto, um pouco fora do comum…
Mas contigo, tudo parece mais leve.
É estranho… mas bonito também.
Saber que te faço feliz só por ser quem sou, por simplesmente existir, me deixa sem palavras.
Às vezes acho que não mereço tudo isso.
Mas, quero que saibas:
Tu és a parte mais luminosa do meu dia. Eu amo o que tu és e o que somos juntos.
Quando estás bem, eu vibro. Quando estás mal, eu afundo contigo.
Tu és dono dos meus pensamentos. És a notificação que mais espero. A única que realmente importa.
Já são dois anos desde que nos conhecemos. E este mês completamos três.
Eu sei… não tem sido uma estrada fácil. Tenho os meus muros, os meus medos.
Mas também tenho gratidão. Muita.
Tu tens sido abrigo e espelho. Tens me ensinado tanto.
Peço apenas que continues com essa tua paciência…
Aos poucos, vou desvendando cada parte minha, uma de cada vez.
E talvez, no fim, encontres mais do que esperavas.
Não sei o que o futuro nos guarda.
Mas sei do que sonho: — do dia em que vamos caminhar lado a lado — não só por uma rua silenciosa, mas pela vida inteira.
E até lá,
Mesmo à distância, mesmo com os silêncios,
Vou continuar te amando…
De Janeiro a Janeiro.