A vida é dura, e às vezes parece que estamos apenas recebendo de volta as dores que, de alguma forma, causamos no passado.
O mundo é justo. Se um dia fizemos alguém sofrer, em outro dia, alguém nos fará sofrer. Por isso, que não digamos que a vida é injusta quando chegar a nossa vez de sentir dor, de lidar com o karma.
Esse é o problema da dor, ela exige ser sentida. – John Green, A Culpa é das Estrelas
O que damos hoje, um dia receberemos de volta. Por isso, façamos escolhas sábias. Valorizemos os sentimentos dos outros, para que, quando for o momento da colheita, não sejamos surpreendidos por espinhos que nós mesmos plantamos.
E hoje… eu aceito.
Não tenho o que reclamar. Tudo o que acontece — e ainda vai acontecer — são apenas consequências das minhas próprias ações.
Hoje estou no lugar de quem, um dia, se sentiu vazio por esperar um abraço que nunca veio. Agora sei o quanto dói, o quão difícil é. Tu te acostumas com o sentimento, mas o vazio cresce, até se tornar tão grande que já não sentes mais nada. Nesse instante, finalmente compreendes a dor do outro. E mesmo assim… eu aceito.
Não há nada mais justo do que conhecer os dois lados da moeda — o de quem magoou e o de quem foi magoado. No fim, viver é um pouco disso.
Eu não me sinto sozinho. Eu sinto um vazio.
Não tenho prazer nas coisas. Não espero nada. Sou apenas um grito no vazio, uma voz sem eco, uma alma sem esperança.
Hoje, sei muitas coisas.
Gostaria de dizer que valorizo mais os sentimentos… mas, na verdade, hoje apenas sinto menos.
Neste exato momento, posso estar magoando alguém — do mesmo jeito que alguém, agora, pode estar me magoando.
Eu sou o meu próprio mal.
Sou o único que me fere.
E de mim, para o universo… eu aceito o que tens para mim.