Nunca imaginei o quão difícil seria retornar.
Sempre achei que o tempo colocaria tudo no lugar…
Mas às vezes ele só reorganiza a dor em novas formas.
Pensei que, ao me afastar, eu deixaria o passado para trás —
Mas o passado tem um jeito estranho de nos esperar no mesmo lugar.
As lembranças ainda sussurram.
Os rostos ainda pesam.
E o silêncio… continua gritando mais alto do que qualquer desculpa.
Voltar não é sobre continuar.
É sobre confrontar.
Sobre olhar para o que fui, o que fiz —
E aceitar que nem todo pedido de desculpa tem um ouvido disposto a escutar.
Carrego comigo o que quebrei.
E mesmo que tente consertar, há rachaduras que o tempo só destaca.
Talvez isso seja karma…
Ou talvez seja só a conta daquilo que fingi não ver.
Mas estou aqui.
De volta.
Não porque tudo está bem.
Mas porque já não dá mais para fugir de mim mesmo.