Um sentimento bom é aquele que aquece o peito sem motivo, silencioso e repentino, como um raio de sol a atravessar as nuvens num dia cinzento. É como quando um bebé sorri pra ti na rua, sem saber quem és, mas com uma pureza que desarma qualquer tristeza. Ou como quando ouves uma música que encaixa perfeitamente com o momento — como se o universo inteiro tivesse feito uma pausa só para tocar aquela melodia.
É leveza no corpo e sossego na alma. É a paz que chega sem aviso, aquela pontinha de felicidade que não se explica, só se sente. Não precisa de grandes gestos, nem de razões óbvias. Às vezes está no cheiro do café, no toque do vento, numa lembrança boa, num olhar que te entende sem palavras.
É quando o tempo desacelera, o coração fica sereno e, por um instante, tudo parece estar exactamente onde devia estar. Um sentimento bom é abrigo, é reencontro com aquilo que somos no fundo: feitos de emoção, de momentos pequenos, e de tudo aquilo que aquece sem queimar.